Primeiro dia de aula
Fazia tempo que não me empolgava tanto em ir para a escola. Fiz o caminho que o meu host father me ensinou, mas pra variar me perdi. Quando cheguei no sky train peguei o sentido contrário e já estava indo pra Burnaby ao invés de ir para Downtown. Percebi o erro e la vai eu mudar de trem.
Como cheguei num sábado, no domingo já fui atras de um aparelho celular e de uma operadora. Algo que é tão simples foi um pouco complicado e tudo por causa da língua. Você fica com medo de fazer um plano e se arrepender, de gastar mais. Tem muitas coisas que você quer perguntar, mas quando você não domina bem o idioma é complicado.
Hoje há quase 9 meses aqui tenho mais conhecimento das coisas, de agencias brasileiras que já mandam você do Brasil com um chip habilitado pra você falar assim que chega no Canadá. Empresas aqui em Vancouver que prestam esse serviço também e o melhor em português. Mas na época por mais que tenha pesquisado não tive esse tipo de informação.
Mas voltando, eu com toda a dificuldade acabei fazendo um plano básico para falar, mandar mensagens e com acesso à internet. Com isso consegui mandar mensagem pra minha amiga falando que ia chegar um pouco depois do horário que tínhamos combinado.
Assim que cheguei vi que ela estava com outra pessoa. Essa história foi super engraçada e mostra que coincidências existem e o que parece coisa de novela pode acontecer também na vida real. Uma mulher estava perdida na estação da Granville (Downtown) e chegou pra essa minha amiga Monique falando com dificuldade que não sabia falar muito bem o inglês e que estava procurando a escola ILSC. A Monique perguntou da onde ela era e ela disse que era do Brasil. Nisso a Monique fala "pode falar em português, também sou brasileira. Eu estou esperando a minha amiga chegar e vamos para essa mesma escola, você pode esperar e ir com a gente". Elas riram e mais uma grande amizade se formou a partir dai.
Minha prova teórica até hoje não sei o resultado, nem fui atrás pra saber, mas acho que fui péssima. Todos acharam super fácil, mas eu não achei e também estava muito enferrujada, fazia tempo que não estudava. Já na prova oral me dei bem, estava tranquila, consegui falar e acabei ficando no mesmo nível que estava no Brasil.
Nesse dia conheci outras pessoas que fariam parte da minha família aqui. Além da Monique e da Franciele (que conhecemos no caminho para a escola), conhecemos a Natália, o Valdriani e a Patrícia. Nós chegamos a conhecer outros brasileiros, mas o grupo que permaneceu junto até o final como uma família mesmo foram esses que citei.
Bom, mas aula mesmo só tivemos no dia seguinte e eu tive a sorte de começar com excelentes professores. Estudava das 9h às 16h, full time. No almoço eu encontrava com esse meu grupinho que ao longo dos meses foi crescendo e vindo pessoas de outros países.
DICAS:
- Preste o máximo de atenção para onde você está indo e se você se perder é totalmente normal. Procure alguém que possa te informar ou se localize pelas placas. Aqui tudo é muito bem sinalizado;
- Se você pensa em fazer intercambio o bom é ir estudando o idioma do país que você está querendo ir. Eu acabei relaxando, mas é bom se dedicar para chegar aqui e não perder tempo, já ir para um nível mais avançado. Isso ajuda muito porque as pessoas que você vai estudar já sabem mais, tem uma pronuncia melhor e você não perde tempo e nem dinheiro;
- Nós brasileiros somos muito calorosos e amigos, é difícil você chegar e não fazer amizades logo com outros brasileiros. Mas cuidado, inclua sempre pessoas de outros países no seu grupinho porque senão você inevitavelmente acaba falando só em português e demora a aprender o inglês e todo investimento que você ou sua família fez vai pelo ralo.
Bom, é isso. Até mais!
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